Eleição na Assembleia Legislativa: uma batalha silenciosa



A última semana de janeiro tem muito a ver com o futuro político de Rondônia. É que no domingo (1º) serão empossados os deputados estaduais reeleitos e eleitos em outubro de 2014 e será eleita a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (Ale) para a 9ª legislatura.

Presidir o Poder Legislativo estadual é uma posição estratégica das mais importantes na política. O Parlamento Estadual não tem o poder de executar, que é uma função do Executivo, mas faz leis e política. É a bússola da administração pública, assim como os vareadores em nível municipal e o Congresso Nacional, quando o assunto é federal

Os deputados não constroem postos de saúde, escolas, estradas, viadutos, pontes; não comandam uma equipe de secretários, superintendes e diretores que administram o Estado, mas dão suporte legal a isso tudo. O Parlamento é quem dita as Leis e fiscalizam as ações do Executivo.

Bem administrado, o Legislativo tem condições – e obrigações – de ajudar a coordenar as ações do executivo, pois tudo passa pelos deputados. Quando o governador, secretários e assessores não cumprem com as ações constitucionais, são os deputados os responsáveis pelo cumprimento dos atos. A corrupção no Executivo, quando ocorre tem muito a ver com o Legislativo, que deveria fiscalizar, cobrar, exigir, denunciar. Deveria, mas nem sempre ocorre.

A posse dos parlamentares estaduais, e a composição da Mesa Diretora no primeiro dia do mês de fevereiro serão fundamentais para o futuro do Estado.

As negociações pela futura Mesa Diretora, pelo menos as que estão sendo tratadas às claras, dão conta que o deputado Maurão de Carvalho (PP-Andreazza), experiente e com várias legislaturas e hoje vice-presidente é quem será o novo presidente. Mas é bom relembrar a frase do saudoso mestre, Magalhães Pinto: “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já muda”. Tem que ser considerada.

Por enquanto, temos apenas Maurão trabalhando a sua candidatura, sem uma segunda chapa. Ocorreram algumas mobilizações para uma chapa adversária, mas não vingou. Como a oposição silenciou Maurão e seu grupo devem colocar as barbas de molho. Nem sempre o silencio sinaliza omissão, displicência, ignorância.

Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. O ditado é antigo, mas muito atual e exige reflexão. Quem morre na véspera é peru, pois a batalha pelo comando da Ale terá uma semana de bastidor tumultuado, porém silencioso. Aí é que está o perigo.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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