Porto Velho, RO – Nesta semana, o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica divulgou matérias relacionadas às declarações de bens dos candidatos de Rondônia apresentadas à Justiça Eleitoral em 2018.
A deputada federal Mariana Carvalho, do PSDB, e o parlamentar estadual Aélcio da TV, do PP, ganharam destaque pela evolução exponencial de seu patrimônio em pouquíssimo tempo na política.
As informações levam em conta dados expostos pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o progressista, no entanto, único a se manifestar, postou-se como vítima de uma publicação “tendenciosa”.
É muito melhor voltar as baterias contra a imprensa, é claro, do que enfrentar a legislação vigente.
A norma, por sua vez, obriga os candidatos a expor publicamente suas posses com montante atualizado de valorização de imóveis, por exemplo. E aí para quem melhorou de vida de maneira tão rápida, em vez de adiantar-se expondo a questão ao eleitorado, prefere a revolta deliberada e sem fundamento, principalmente porque as informações trazidas à luz não fazem juízo de valor.
Agora, é inegável que o carreirismo político traz a seus protagonistas célere progressão financeira. Resumindo: política é, sim, um bom negócio – e não há nada ilegal nisso. A discussão popular gira em torno dos supersalários e penduricalhos subsidiários que custeiam mandatos eletivos Brasil afora, eis aí uma questão ético-moral a ser sanada daqui para frente.
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Voltando a Aélcio da TV.
“Não sou bandido para ocultar patrimônio”. A frase inaugural do candidato à reeleição é apenas defensiva, genérica, mas nos remete a algo que passou batido. Se a evolução patrimonial dos políticos veteranos não surpreende mais, há, no fronte, um questionamento a ser respondido.
Como deputados federais e até mesmo candidatos majoritários sem mandato “perderam” parte significativa de seus bens de uma eleição para a outra?
Bens que diminuíram de 71 a 95% deveriam acionar o sinal de alerta à sociedade.
Querendo ou não, consciente ou inconscientemente, o inventor do ‘Economizômetro’ levantou a bola ao Ministério Público Eleitoral (MPE/RO) e demais autoridades rondonienses responsáveis por fiscalizar o andamento das eleições.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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