Desemprego no Brasil sobe a 11,8% no tri até agosto com 12 mi de desempregados, mostra Pnad Contínua

Pessoas fazem fila em busca de trabalho em agncia de emprego em Braslia, Brasil

© REUTERS/Ueslei Marcelino Pessoas fazem fila em busca de trabalho em agência de emprego em Brasília, Brasil

 

O número de pessoas sem emprego no Brasil ultrapassou a marca de 12 milhões no trimestre encerrado em agosto, quando a taxa de desemprego subiu a 11,8% e a renda manteve-se em declínio.

Com isso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a taxa de desemprego apresentou piora pela terceira vez seguida e renovou a máxima do levantamento, iniciado em 2012.

No trimestre até julho, a taxa tinha sido de 11,6%. Pesquisa da Reuters apontava expectativa de alta para 11,7% em agosto, na mediana das projeções.

"O cenário continua bem difícil, visto que há recordes expressivos de desocupados e num período em que a economia já deveria apresentar melhora, como acontece num segundo semestre", destacou o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo. "Os desempregados vem acompanhados de queda nos ocupados com números expressivos."

Com a economia em recessão e ainda apresentando dificuldade de reversão, o número total de desempregados entre junho e agosto atingiu o recorde de 12,024 milhões, alta de 36,6 por cento sobre o mesmo período do ano passado, ou 3,220 milhões de pessoas a mais. No trimestre até julho, eram 11,847 milhões de desempregados.

A Pnad Contínua mostrou ainda que a população ocupada diminuiu 2,2% em relação ao ano anterior, representando 1,991 milhão de pessoas a menos do que no ano passado.

Nos três meses até agosto, houve ainda queda de 1,7% no rendimento médio na comparação com o mesmo período de 2015, para R$ 2.011.

Dados do Ministério do Trabalho há tinham destacado a deterioração do mercado ao mostrarem que o Brasil fechou 33.953 vagas formais de emprego em agosto, um pouco acima do esperado.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

Autor / Fonte: Reuters

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