Denarium defende prorrogação de intervenção em Roraima

Denarium defende prorrogação de intervenção em Roraima

O governo federal pretende interiorizar, até o fim deste mês, um total de 4 mil venezuelanos que entraram no país pelo estado de Roraima. A chegada dos migrantes, fugindo da recessão na Venezuela, tem sido apontada pelas autoridades estaduais como agravante da crise em Roraima, que levou à intervenção federal. O governador eleito Antonio Denarium defendeu hoje (11) a prorrogação da intervenção nas áreas de segurança e finanças, por 60 dias, a partir da posse dos novos governantes, no dia 1º de janeiro.

Segundo Denarium, o tema dos venezuelanos já foi tratado com o presidente eleito Jair Bolsonaro. "Solicitamos uma intervenção por um prazo mais longo na segurança pública e também na Secretaria de Fazenda do estado, como forma de alocar os recursos do governo federal para que sejam aplicados de forma a atender toda a população", disse o governador eleito após reunião no Palácio do Planalto.

Denarium, nomeado interventor federal no estado pelo presidente Michel Temer, voltou a dizer que é necessário restringir o acesso de venezuelanos ao estado. "O que precisa fazer é um controle da entrada dos venezuelanos no Brasil. É preciso um controle, como apresentação de passaporte, de atestado de vacinação e outros documentos", disse.

Conforme Denarium, o fluxo migratório está sobrecarregando os serviços públicos em Roraima, especialmente nas áreas de educação, saúde e segurança pública. "Lógico que junto com os bons entram os ruins também. Nós temos que nos prevenir com essas pessoas, que podem ser não gratas na Venezuela, mas estão vindo para o Brasil, porque a fronteira está aberta. Precisamos de um controle melhor, mais eficaz".

Além de maior controle na fronteira, o governador eleito cobra mais ações do governo federal de interiorização dos venezuelanos, levando-os para outros estados brasileiros. "Roraima não suporta atender toda a demanda dos venezuelanos", disse Denarium, acrescentando que o estado tem 1.800 quilômetros de fronteiras por onde entram no país "traficantes, armamentos e drogas".

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da reunião com Temer e Denarium, disse que o governo federal está levando os venezuelanos para outros estados. Segundo Padilha, somente neste mês, serão removidos cerca de mil. "Esse é um processo permanente. Se entraram 500, não podem ficar esses 500 ali, senão vamos ter os abrigos superlotados e gente nas ruas", disse.

Autor / Fonte: Por Luiza Damé – Repórter da Agência Brasil Brasília

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