CUT participa do Dissídio de Greve dos funcionários do JBS Friboi de São Miguel no TRT

 

Na tarde desta quinta-feira (18) foi realizada a audiência de conciliação no processo de Dissídio de Greve, nº 0010170-31.2014.5.14.0000, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sob a presidência do juiz auxiliar da presidência Antônio César Coelho, presença da procuradora do trabalho Amanda Dornelas, relativo à greve dos funcionários do frigorífico da JBS Friboi de São Miguel do Guaporé, que estão desde o dia último dia 11 paralisados.

 

O Dissídio foi ingressado pelo JBS Friboi e a audiência contou com a participação de representantes da empresa, do Sindicatos dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (SINTRA-INTRA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A comissão do Sindicato e dos trabalhadores relatou várias irregularidades relativas à segurança do trabalho; problemas com o cartão de pontos e, principalmente, tratamento desigual em relação a outros frigoríficos da JBS Friboi no Estado, como o de Vilhena, em relação ao valor do piso salarial, do auxílio alimentação e do trabalho aos sábados.

Segundo o SINTRA-INTRA, o JBS Friboi está usando o Dissídio para tentar acabar com a greve, sem negociar as reivindicações dos funcionários; pois solicitou a ilegalidade do movimento e a aplicação de multa contra o Sindicato. Na audiência os trabalhadores reafirmaram as reivindicações, sendo que as principais são: índice 7%, piso salarial de R$ 850,00, auxílio alimentação de R$ 180,00 e não trabalho aos sábados. A empresa apresentou inicialmente apenas um rejuste linear de 6,5%, estabelecendo um impasse.


Após horas de intenso debate a JBS Friboi apresentou a seguinte proposta: a) cesta básica no valor de R$ 135,00; b) auxílio creche de R$ 85,00, limitada ao retorno da licença maternidade até os seis meses de idade da criança; c) aumento do salário base de 6,5%, retroativo a agosto/2014; d) piso salarial de R$ 771,06. A empresa se comprometeu em fornecer uma ambulância para atender aos trabalhadores do frigorífico de São Miguel. Para os funcionários duas questões são importantes para um acordo: o não trabalho aos sábados, igual à Vilhena, que a empresa se recusa a aceitar e estabilidade de 90 dias para os grevistas, que ainda está em discussão.



O Sindicato informou que em decorrência das negociações em andamento irá orientar à categoria para suspender a greve a partir do sábado (20) e de segunda-feira (22). Até o próximo dia 26 o SINTRA-INTRA irá informar ao TRT o resultado da assembleia da categoria, que no caso de rejeição da proposta da empresa, deverá apresentar no mesmo prazo sua defesa em juízo. A decisão sobre o desconto ou não dos dias parados ficará suspensa até a finalização do acordo ou retomada do dissídio. Caso não seja aprovado a proposta da empresa e a greve continue, o Dissídio será retomado e irá a julgamento, sendo imprevisível o resultado.



Participaram da reunião, pelos trabalhadores, além do advogado Cledson Franco de Oliveira; o presidente do SINTRA-INTRA Marco dos Santos e o diretor Heitor Fernandes Pinheiro; a comissão de trabalhadores Ueider Dias, Maycon Douglas Souza, Rodrigo Estevão e Marcelo Kester; além do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) José Cícero Alves. Também assistiram a audiência as diretoras da CUT Elzillene Nascimento e Sandra Felycio; além do presidente licenciado da Central Itamar Ferreira, o Itamar da CUT.

Autor / Fonte: assessoria/CUT-RO

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