Comissão de Segurança Pública apura denúncias contra a PM

Na manhã desta terça-feira (31) os deputados Jesuíno Boabaid (PTdoB), Léo Moraes (PTB) e Dr. Neidson (PTdoB), na quarta reunião ordinária da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, ouviram depoimentos para apurar as denúncias 001/CSP/2015 de ilegalidade em licenciamento da Polícia Militar do soldado Jeferson Amorim Barros, e 002/CSP/2015, de desligamento ilegal do curso de formação de oficial do PM Francisco Renato dos Santos Gomes.

Para a reunião foram convidados o tenente coronel PM Agleydson Rodrigues Cavalcante, coordenador do Curso de Formação de Oficiais PM; o coordenador-adjunto do Curso de Formação, 1º tenente Pillippe Menezes; o chefe do Secons, tenente coronel Enedy Dias de Araújo e o tenente Atevaldo Valentim dos Santos. Nenhum dos convidados compareceu e por determinação da Comissão, todos serão convocados, a partir de agora, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias.

O presidente da Comissão, deputado Jesuíno Boabaid, disse que a ausência desses convidados comprova o descaso com aqueles de menor posição dentro da corporação e com a própria sociedade. Na oportunidade os deputados fizeram questionamentos aos policiais desligados da corporação Jeferson Amorim Barros e Francisco Renato dos Santos Gomes.

Em seu depoimento, Jeferson explicou que na época, por ter se tornado dependente químico e por problemas emocionais, pediu o licenciamento e foi desligado sem passar por uma junta médica. Informou que jamais foi submetido a qualquer exame físico, biológico ou psicológico, com o intuito de se verificar sua saúde.

“A ausência de inspeção de saúde invalida qualquer procedimento de exclusão das fileiras das corporações. Todo o meu trabalho na PM foi elogiado. Quando pedi ajuda apenas me tiraram das ruas e me colocaram em outro setor”, desabafou.
Já Francisco Renato dos Santos Gomes conta que prestou o concurso, obedeceu todos os trâmites, fez o exame médico duas vezes e no dia 11 de fevereiro de 2014 percorreram quase 10 km e informou que estava com dores no joelho e disseram que ele tinha que continuar.

“No final da corrida em que teve o batizado na lama tive que correr com os tênis molhados, o que agravou a situação. Comecei a fazer tratamento durante todo o período do curso. Mesmo sem fazer a aula de educação física por liberação médica tinha que ficar assistindo por duas horas em pé todos os dias”, contou.

Disse, ainda, que houve uma reunião com todos os baixados e os que não tinham atendido as metas seriam excluídos. “Não pude fazer a matrícula porque o tenente coronel Clairton disse que eu tinha que realizar a prova de teste físico para passar para a segunda fase. Disse que ninguém ali tinha pena de aluno. Meu atestado ainda estava em vigor, mas não aceitaram e mesmo sem estar com as condições físicas adequada realizei o teste, fui reprovado e desligado. Me senti coagido e tem conversas no whatsapp que confirmam isso”, revelou.

Autor / Fonte: Assessoria

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