Comercialização de polpas de frutas é discutida em Ji-Paraná

A Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária de Ji-Paraná (Semagri), apoiou a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) na 3ª Audiência Pública realizada ontem (16) na Câmara de Vereadores, que pede a flexibilização da exigência de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a comercialização de polpas de frutas pelos produtores da agricultura familiar.

 

A normativa baixada em novembro de 2013 pelo ministério, tem impedido que este tipo de produto seja comercializado junto ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

 

A secretária municipal de agricultura e pecuária, Claudia de Jesus, participou da mesa de abertura do evento com o presidente da Fetagro, Fabio Menezes, o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, o diretor do departamento de produtos de origem vegetal do Ministério da Agricultura, Ricardo da Cunha Cavalcanti, os deputados federais, Anselmo de Jesus e Nilton Capixaba, a deputada estadual Epifânia Barbosa e representantes de associações e cooperativas da agricultura familiar.

 

Produtores da agricultura familiar da região central do Estado lotaram o auditório da Casa de Leis, e fizeram uso da palavra através de representantes, defendendo propostas alternativas para minimizar os prejuízos causados pela medida adotada pelo governo federal.

 

Segundo estimativas dos organizadores do evento, cerca de 70 mil alunos da rede pública de Rondônia estão prejudicados pela suspensão da entrega de polpas às escolas e pelo menos 580 famílias da região central estão em situação delicada, pois investiram na produção de frutíferas, na aquisição de despolpadeiras, frízeres e outros equipamentos, a gora estão com os estoques de polpas encalhados , sem perspectivas de comercialização.

 

“Ji-Paraná tem uma grande demanda por alimentos e essa restrição é um retrocesso no desenvolvimento da agricultura familiar em nosso município e região”, ressaltou Claudia de Jesus, que representou o prefeito Jesualdo Pires na audiência. Para Claudia, uma saída seria a União autorizar a emissão do registro pelos Estados ou Municípios, como é permitido para os produtos de origem animal.

 

Para o representante do MAPA, Ricardo Cavalcante, a exigência de registro federal para estes tipos de produtos já existe desde 1994, e o ministério da agricultura apenas cumpriu o que foi cobrado pelo Ministério Público Federal.

 

“As normas legais devem ser cumpridas, o que não vinha sendo feito. Agora, não podemos ficar insensíveis à situação desses produtores da agricultura familiar, que é de fato desesperadora, e estamos aqui para pensarmos em possíveis alternativas juntamente com os parlamentares federais, que possam minimizar esse impasse, tudo, porém, dentro da legalidade”, adiantou.

 

Autor / Fonte: Site Rul

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