Cientista que criou termo 'realidade aumentada' vibra com 'Pokémon Go'
— Publicada em 23/08/2016 às 16h58minThomas Caudell, professor emérito da Universidade do Novo México, não sabia que bicho ia dar quando criou o termo “realidade aumentada”, em 1991. A expressão foi cunhada enquanto trabalhava na área de pesquisa da Airbus, fabricante de aviões comerciais.
Hoje, ele é professor de Engenharia Electrotécnica e de computadores com formação complementar em Ciência da Computação e Psicologia. Caudell comanda pesquisas de ciência neural cognitiva e redes neurais computacionais. Ou seja, vive para estudar temas como interligência artificial e máquinas que "pensam".
"Agora, há várias formas de a realidade aumentada se tornar adaptável a uma ampla variedade de aplicações", diz Caudell, em entrevista ao G1. Ele vibra com o fato de o game "Pokémon Go" usar vídeos de realidade aumentada com tecnologias de baixo custo.
Thomas Caudell, criador do termo 'realidade aumentada' (Foto: Divulgação/ceet.unm.edu)
"Tudo isso leva a um app super popular que semeia o crescimento da tecnologia. Pense no que foi o 'Pong' no reino dos videogames. É a vez da realidade aumentada", resume, citando um dos primeiros games de sucesso da história, que simula uma partida de tênis.
Para ele, a realidade virtual também tem suas questões a resolver. "Os sistemas de imersão de realidade virtual são atormentados pelo problema sério de enjoo cibernético que afeta muitos usuários em potencial. Eu sou um deles", revela.
Manual de avião
O termo realidade aumentada foi criado durante o trabalho de Caudell com seu colega David Mizell. "Estávamos explorando a ideia de 'ver através’ da realidade virtual para ajudar no manual de montagem de feixes de fios de um avião da Boeing", recorda. Os estudos tiveram como ponto de partida o potencial da realidade aumentada para construção e manutenção de prédios, design industrial automotivo e montagem industrial. O uso da tecnologia na medicida também fazia parte dos planos no início da década de 90, mas a primeira ideia era mesmo facilitar a compreensão dos manuais e mecanismos das aeronaves da Airbus.
Autor / Fonte: G1
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