Chuva volta a preocupar população de Ji-Paraná

 

 

Às chuvas torrenciais dos últimos dias e o histórico recente de alagamentos em alguns pontos da cidade tem alimentado as conversas da população ji-paranaense que vive na beira dos rios.  Conversamos com algumas dos moradores de Ji-Paraná que na temporada das chuvas assistem a subida do nível pela janela de casa.


Maria Aparecida dos Santos, moradora há 10 de uma casa humilde próximo a BR-364 disse que neste ano, por diversas vezes o Igarapé 2 de Abril subiu tanto, que ela foi obrigada a levantar os móveis, para não ser levados pela enxurrada. “Por causa da chuva [intensa] deste ano, tenho vivido problemas com alagamentos sempre, Quase toda semana, nós ultimo meses, fico aflita quando o tempo escurece”, analisou. Porém, a moradora ainda explicou que o aparente nível baixo do Rio Machado tem ajudado no escoamento rápido das águas das chuvas que tem caído nos últimos dias. “Tem vezes que o igarapé sobe de um dia pro outro, quando isso acontece a gente é pego desprevenido”, contou Maria.

Já dona Iraci da Silva, moradora da beira do rio há mais de 20 anos, contou que já viu várias cheias do rio Machado, e segundo ela, este ano, devido a chuva ter chegado mais sedo e o Rio Madeira que continua acima do limite, poderá ocorrer uma cheia mais catastrófica porque nos anos críticos, as chuvas de dezembro enchem mais o rio que corta a cidade. Desde 1992 que eu não via uns alagamentos tão feios. "Ano passado a água passou por cima do barranco e chegou até nas ruas”, narrou a ribeirinha.

ALERTA - A última rodada de previsão dos modelos numéricos agrava a situação do tempo na região. Ontem, alguns modelos colocavam volumes mais expressivos de chuva no sul de Rondônia, mais na região de Vilhena, onde nasce o rio Pimenta Bueno e que tão logo deságua no Machado.

 

Hoje, os mesmos modelos reforçam a precipitação intensa em uma vasta área da região central de Rondônia, atingindo as regiões de Pimenta Bueno, Cacoal e Rolim de Moura, onde estão outros importantes afluentes do Machado.

 

Para a Defesa Civil, se continuar chovendo, como esta ocorrendo nos últimos dias, a cheia em Ji-Paraná poderá ultrapassar a enchente de 2006, antes mesmo do período em que a mesma ocorreu no  mesmo ano, quando o rio atingiu a cota máxima de 11,22 metros no dia 3 de abril.

 

Matéria do acadêmico de jornalismo 

Josias Brito

Autor / Fonte: Site Rul

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