Cerejeiras: governador recebe pedido para aumentar número de presos trabalhando



Um projeto desenvolvido por uma parte dos detentos da Cadeia Pública de Cerejeiras tem chamado a atenção de lideranças empresariais do município. Presos do regime aberto e semiaberto do presídio cerejeirense têm a possibilidade de trabalhar, seja prestando serviço ou fabricando bloquetes.

 

A Cadeia Pública de Cerejeiras tem, atualmente, cerca de 80 presos. Destes, cerca de 10 por cento estão nos regimes abertos (prisão domiciliar, sendo apenas monitorados pelas autoridades prisionais) e semiaberto (saem durante o dia e voltam para as celas à noite).
Esses presos, dos regimes aberto e semiaberto, podem trabalhar, quando, depois de avaliados, forem liberados pela Justiça.
Os dois tipos de trabalho prestados pelos cerca de 10 apenados de Cerejeiras são a prestação de serviço, executando tarefas na Secretaria Municipal de Obras da prefeitura (Semosp) ou na fabricação de pequenos tijolos de cimento, os “bloquetes”, numa oficina montada ao ar livre no pátio do presídio.

 

No trabalho que os presos prestam para a prefeitura, eles ganham um salário mínimo.


Esse projeto agradou a classe empresarial da cidade. A diretoria da Associação Empresarial de Cerejeiras (Acic) decidiu interceder, junto ao governo estadual, pela manutenção e ampliação do projeto.

 

Na semana passada, quando o governador Confúcio Moura (PMDB) esteve na cidade, na quinta-feira, 27, o presidente da Acic, empresário Vanderlei Betoni, o diretor do presídio local, Márcio Pacheco, a advogada Luciana Baraba, integrante do Conselho de Execução Penal de Cerejeiras, e o presidente da Câmara, vereador Saulo Siqueira (PSD), entregaram ao mandatário rondoniense um ofício pedindo, dentre outras coisas, a melhora da estrutura física da cadeia pública e da oficina de fabricação de bloquetes pelos presos, e, principalmente mais afetivo de agentes prisionais para ampliar o projeto para os detentos em regime fechado. No encontro, o sub-chefe da Casa Civil de Rondônia, ex-deputado Ezequiel Neiva, também esteve presente.


A intenção dessas lideranças é ampliar o trabalho dos presos até mesmo para detentos em regime fechado. A lei permite essa ampliação, desde que exista efetivo suficiente (ou seja, agentes prisionais) para monitorar o trabalho dos apenados, mantendo a segurança da sociedade durante o trabalho dos apenados.




Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

Autor / Fonte: Folha do Sul

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