Cerejeiras: Consumidor reclama de aumento da energia




Quase todo mês, mesmo que esperada, a conta de luz causa um susto nos usuários de energia elétrica. Por mais que já se tenha uma noção do valor da conta e da data que ela chega, o encontro com a fatura na porta de casa é quase sempre um evento desagradável.
No último mês, agosto, no entanto, o encontro entre consumidor de energia elétrica e a fatura que cobra pelo consumo piorou. O motivo dessa “desavença” é que a tarifa deste mês veio mais alta que o usual – e esse “usual” já tinha subido no final do ano passado.

 

O consumidor dono da casa que recebeu esta conta de luz ilustrada na foto desta reportagem, morador da cidade de Cerejeiras, é um exemplo. O talão vinha com cerca de R$ 80 no período antes das eleições presidenciais do ano passado (até outubro), depois passou a vir a R$ 130 e, agora em agosto, a conta bateu em R$ 168. “Um absurdo o quanto subiu a conta neste mês. O meu consumo não aumentou, é o mesmo”, diz.

 

O problema é que os salários não subiram na mesma proporção – em alguns casos caíram. “O meu rendimento mensal deu até uma caída neste ano”, diz o consumidor.

 

Esse é o diagnóstico, por exemplo, do sindicalista Sidney Turci, que representa os servidores públicos municipais de Cerejeiras. “O nosso salário não tem reajuste desde 2013. E é claro que o custo de vida, incluindo a energia elétrica, subiu bastante ultimamente”.

 

Segundo uma apuração do FOLHA DO SUL ON LINE, os salários dos servidores estaduais e até dos federais também estão estabilizados, não acompanhando a alta do custo de vida.

 

Segundo a análise do sindicalista, com o aumento do custo de vida e a estabilização dos salários, então menos dinheiro estará disponível nas mãos dos trabalhadores para o consumo. E esse efeito vai refletir no comércio, daí na indústria, e assim por diante.

 

Bandeira vermelha

Na conta de luz deste mês, há uma informação de que a tarifa está na “bandeira vermelha”, ou seja, mais cara que o usual.
Existem três bandeiras de tarifas: a verde, a amarela e a vermelha. A verde é quando o custo de produzir energia é baixo, como a luz vindo das hidrelétricas. A amarela é quando o custo começa a subir, e o preço é mais ou menos. Já a vermelha é quando o custo de produção de energia é elevado, com acionamento de termelétricas, que são caras (e poluentes). Com a escassez de chuva, estamos na bandeira vermelha, aumentando a conta de luz ao consumidor final.


Há uma informação de que o governo federal possa mudar para a bandeira amarela ainda no mês que vem, baixando o custo. Essa informação foi veiculada em mídia nacional.



Fonte: Folha do Sul
Autor: Rildo Costa

Autor / Fonte: Folha do Sul

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