Brasil está na lista dos 10 países mais perigosos para mulheres que viajam sozinhas

É bem provável que você ou viajantes conhecidas já tenham passado por algum desses países sem nenhum contratempo ou violência. Afinal de contas, países como Turquia, Colômbia, México e o Brasil estão na lista dos destinos populares e cobiçados da indústria do turismo.

 

No entanto, essa lista divulgada pelo International Women’s Travel Center alerta que nem sempre o mundo é seguro para mulheres, sobretudo as que viajam desacompanhadas.

 

Roubos, furtos e até sequestros relâmpagos são, comumente, relatados em países da América Latina e da África, mas os casos podem ser ainda mais graves e violentos quando se trata de viajantes mulheres que, em alguns casos, são vítimas de assédios, perseguições e estupros, em situações mais extremas.

 

Isso não quer dizer que toda viajante tenha sofrido agressões em viagens para o México, Brasil ou Índia (a internet está aí para mostrar as centenas de relatos positivos de mulheres que visitaram essas nações), mas sempre vale deixar o alerta amarelo aceso.

 

 

Confira a lista de países classificados perigosos para as mulheres:

 

VENEZUELA:  De acordo com o International Women’s Travel Center, esse país sul-americano tem uma das maiores taxas de homicídio do mundo e um número significativo de tráfico de pessoas, tanto de turistas como de mulheres locais. O centro responsável pela lista indica também que assédio e estupro são problemas graves na Venezuela, podendo os autores desses crimes ser taxistas e até homens disfarçados de policiais.

 

ARÁBIA SAUDITA: Mais do que uma nação perigosa, a Arábia Saudita parece pouco amigável com viajantes do sexo feminino. Mulheres desacompanhadas têm mais dificuldades para conseguir visto de entrada no país, cujas regras são mais rígidas, inclusive para quem viaja a negócios. A entrada no país também pode ser negada se as autoridades considerarem que a visitante se comporta de maneira indecente ou fora dos padrões rígidos das leis sauditas. Mulheres também estão proibidas de dirigir na Arábia Saudita.

 

TURQUIA: Superado apenas pelo Egito, segundo a lista divulgada pelo International Women’s Travel Center, o país tem relatos de estupro e outras agressões sexuais contra a mulher, cujo índice de taxa de homicídios de turcas cresceu 31%, de 2013 a 2014. Além disso, assédio e até perseguições também são comuns com estrangeiras. Para evitar problemas, procure estar coberta de acordo com as tradições locais de vestimenta (a exceção talvez fique para destinos mais cosmopolitas como Istambul).

 

COLÔMBIA: De acordo com o relatório Human Rights Watch 2014, as mulheres que são atacadas, sexualmente, têm dificuldade até em obter tratamento médico adequado, devido à falta de recursos e interesse em cuidados depois de um ataque. Um dos problemas colombianos apontados pela pesquisa foi o sistema de transporte público, considerado inseguro e sujo.

QUÊNIA: De acordo com a pesquisa, agressões sexuais, sequestro de turistas e assalto à mão armada são alguns dos problemas desse país africano. Com aumento das atividades terroristas e um sistema falho de segurança, o Quênia também é desaconselhado para mulheres que viajam sozinhas.

 

EGITO: O relatório alerta que, mesmo em locais turísticos como Cairo e Alexandria, as mulheres que visitam esse país do norte da África têm dificuldades para evitar a violência sexual. De acordo com o relatório, os problemas são também assédio, agressão, perseguição e o baixo policiamento nas ruas.

 

BRASIL: O relatório até divulga uma queda na taxa de homicídios, no Brasil, mas relembra que o País ainda tem uma das maiores do mundo, e que a taxa de estupros aumentou, entre 2009 e 2012. Segundo o International Women’s Travel Center, as principais ameaças para estrangeiras e brasileiras são estupro, roubo, sequestro relâmpago até caixas eletrônicos, e assaltos à mão armada, em motos. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e as fronteiras são consideradas perigosas, mesmo em áreas mais turísticas como Copacabana. A lista alerta também para os deslizamentos de terra e inundações, no verão; risco de contrair malária, em algumas regiões mais isoladas do Brasil; e imprudência dos motoristas.

 

HONDURAS: Dono de uma das maiores taxas de homicídios do mundo, esse país da América Central está na lista de alertas de nações como os EUA e Canadá, cujas viagens são desaconselhadas pelas autoridades. De acordo com a ONU, Honduras é considerado o país mais violento do mundo. A Comissão Nacional de Direitos Humanos informou que 3 mil mulheres morreram na última década, cujo aumento na taxa desse tipo de crime foi de 263,4%, de 2005 a 2013.

 

MÉXICO: Sequestros, violência e tráfico de drogas são alguns dos problemas apontados pelo US State Department, de acordo com o ranking divulgado. Mulheres desacompanhadas devem evitar sobretudo viajar pela Baja Califórnia, como a zona fronteiriça de Tijuana, cujos relatos incluem estupros, roubos e sequestros. Segundo o International Women’s Travel Center, um especialista que analisa a violência contra as mulheres no México acredita que a taxa de estupro não é pior do que a da Índia.

 

ÍNDIA: Segundo o próprio governo indiano, a taxa de estupro no país é de 26,7%. Autoridades estrangeiras alertam para problemas como agressão e assédio sexual, além de doenças infecciosas, violência entre grupos religiosos e terrorismo. Países como a Austrália e o Canadá pedem que mulheres tenham cuidados em todas as partes da Índia, mesmo quando estiverem em grupos, e para exercerem um alto grau de cautela, além de evitarem as regiões de Jammu, Caxemira, Manipur, Ghujarat, Rajastão e Punjab. De acordo com a pesquisa divulgada pelo International Women’s Travel Center, a taxa de estupro assumiu níveis epidêmicos com relatos de 93 estupros diários.

 

Leia o relatório completo, em inglês: www.internationalwomenstravelcenter.com

 

 

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(foto: Tjook/Flickr-Creative Commons) 

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Autor / Fonte: Viagem em Pauta /Eduardo Vessoni

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