São Paulo – Quando o assunto é a qualidade dos cuidados paliativos oferecidos para pacientes terminais, o Brasil está – literalmente – no meio do caminho, de acordo com estudo da consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), divulgado nesta terça.

 

Em um ranking de 80 países, o Brasil ficou em 42º - atrás de nações como Uganda e Equador. No continente americano, o país está em 10º.

 

Os cuidados paliativos formam um conjunto de procedimentos que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes terminais.  

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Desde 2002, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece esse tipo de abordagem, de acordo com informações do Atlas de Cuidados Paliativos en Latinoamérica

 

Mesmo assim, em quase todas as categorias analisadas pelo estudo, o Brasil teve notas medianas. Mas o pior desempenho do país foi outorgado à  sua capacidade de oferecer cuidados adequados para pessoas que estão à beira da morte. 

 

Nesse quesito, o Brasil ficou em 64º com apenas 0,3 pontos. Para comparação, a Áustria – país com melhor performance nessa categoria – ganhou nota 63,9.

 

 

Veja o desempenho do Brasil em cada um dos 5 critérios:

Critério Posição Nota
Cuidados paliativos e ambiente de saúde 36 38
Capacidade de oferecer cuidados paliativos 64 0.3
Recursos Humanos 33 47.4
Acesso aos cuidados 49 52.5
Qualidade dos cuidados 51 33,8
Engajamento da comunidade 22 50.0

 

O relatório da Economist reconhece que o Brasil avançou na área, mas pondera que ainda há um longo percurso para que o país atinja um grau de excelência na área.

 

Por exemplo, a pesquisa constatou que o governo ainda investe pouco em cuidados paliativos no país e de que apesar do plano nacional de cuidados paliativos prever o atendimento domiciliar para pacientes terminais, a implementação ainda não é uniforme em todo o território nacional.

 

Por outro lado, o estudo admite que os profissionais da área são altamente qualificados, “mas poucos diante das necessidades nacionais”, afirma o texto. 

 

No mundo, apenas 34 dos 80 países analisados oferecem condições adequadas para pessoas no fim da vida, segundo o relatório. Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia dominam o topo da lista.

 

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