Brasil é excluído do maior consórcio de astronomia mundial

Brasil é excluído do maior consórcio de astronomia mundial

A organização internacional esperou sete anos pela ratificação do acordo por parte do Brasil, que nunca aconteceu. Durante esse tempo, pesquisadores brasileiros tinham prioridade para utilizar os recursos do observatório, assim como os outros países membros (Miguel Claro/ESO/Divulgação)

O Observatório Europeu do Sul (ESO), maior consórcio de pesquisa em astronomia do mundo, se cansou de esperar pelo Brasil. Sete anos após assinar acordo para admitir o país como o primeiro membro não europeu, o Conselho do ESO rescindiu o contrato com o governo brasileiro – que nunca pagou nem ratificou o acordo.

Segundo o Conselho, o ESO seguirá aberto para acolher o Brasil a “qualquer momento”. O valor do acordo era de 270 milhões de euros (cerca de 1 bilhão de reais), que deveriam ser pagos até 2021. O ESO, nesse período, tratou o país como membro interino. Projetos de astrônomos brasileiros eram avaliados como se o Brasil fosse membro, o que dá vantagens competitivas.

Agora, com a rescisão do contrato, cientistas brasileiros que quiserem usar os observatórios do ESO terão de concorrer como representantes de um país não membro, com critérios muito mais rígidos de seleção.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações disse defender a participação do país no ESO e fazer “gestões junto ao governo federal” pela adesão.

Autor / Fonte: Estadão Conteúdo

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