Bope faz operação em favela do RJ após onda de crimes comandada por Nem da Rocinha, preso em Rondônia

Bope faz operação em favela do RJ após onda de crimes comandada por Nem da Rocinha, preso em Rondônia

A Polícia Militar faz uma nova operação na Rocinha, zona sul do Rio, nesta terça-feira (19). A comunidade vive em clima de guerra desde o último domingo (17), quando criminosos da mesma facção entraram em confronto, disputando os pontos de tráfico da comunidade. Nos últimos dois dias, pelo menos uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas, segundo informações da PM.

A ação realizada nesta terça é um desdobramento da operação que aconteceu nesta segunda (18), das policiais militar e civil em busca de criminosos envolvidos na disputa. Até às 8h não havia registro de tiros na região.

Equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) estão na comunidade desde às 7h e contam com apoio de policiais da UPP (Unidade de Polícia pacificadora) da Rocinha e do Batalhão do Leblon (23ºBPM). 

Racha na facção

Para a Polícia Militar, os ataques a comunidade teriam sido ordenados por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Os confrontos recentes teriam acontecido por um racha na aliança entre Nem e o atual chefe do tráfico de drogas na Rocinha, Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157. Segundo a PM, a briga teria sido motivada pela morte do criminoso Ítalo de Jesus Campos, conhecido como Perninha, a mando de Rogério 157, em agosto passado.

Rogério e Ítalo foram presos pela invasão ao Hotel Intercontinental, em São Conrado, em 2010, e ambos foram libertado em janeiro de 2012, após uma decisão da Justiça.

Clima de guerra

Desde domingo, moradores da comunidade vivem em clima de guerra. Nas redes sociais, circulam imagens de casas e carros alvejados diversas vezes. Eles relatam dificuldade para sair ou voltar para casa.

Nesta segunda, cerca de 2.600 estudantes ficaram sem aulas na região, devido ao fechamento de nove instituições de ensino. Unidades de saúde da comunidade também fecharam as portas. Até o momento, não há informações sobre o funcionamento das escolas e postos de atendimento nesta terça-feira.

Uma parte da comunidade permanece sem energia elétrica. Segundo Light, cabos e transformadores foram atingidos durante o tiroteio no domingo. A concessionária informou que o serviço será restabelecido assim que os técnicos tiverem condições de segurança adequadas para trabalharem no local.

Autor / Fonte: R7

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