Conforme decisão tomada na última reunião, a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social recebeu, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a proprietária da Clínica da Criança, médica Luciane Berti.

Alvo das discussões, a UTI neonatal da clínica, localizada em Ariquemes, que é a única da região, não estaria respeitando as exigências do Ministério da Saúde (MS). Por conta de divergências com representantes do MS e da Sesau, que estariam impedindo os repasses para a Clínica da Criança, a médica, por sua vez, disse que iria interromper os atendimentos e fechar a clínica.
Na reunião, o secretário adjunto da Sesau, Luiz Carlos Maiorquim, parabenizou a médica pelo excelente trabalho feito à frente da clínica, que recebe recém-nascidos e crianças de várias regiões do Estado. No entanto, o adjunto da Sesau explicou que a clínica precisa se adequar ao que o MS exige.

Luciane Berti concordou que a clínica precisa passar por adequações, mas afirmou que antes de qualquer exigência é preciso que se conscientizem de que ela trabalha “com vidas que estão por um fio”.

“Não posso aceitar que me seja tolhido o direito de realizar um trabalho humanizado, que faço com todo meu amor, sozinha, trabalho esse que me fez esquecer minha vida particular, social”, desabafou a médica.

Após longo debate, o presidente da comissão, deputado Dr. Neidson (PTdoB), entrou em entendimento com a Sesau e a médica, ficando estipulado um prazo de quatro meses para que a clínica se adeque às exigencias do Ministério da Saúde.

Todos os presentes assinaram a ata da reunião. Ficou esclarecido, ainda, que a clínica, com o apoio da Sesau, não terá seus atendimentos interrompidos durante o prazo estipulado. Participaram da reunião os deputados Alex Redano (SD), Só Na Bença (PMDB) e Adelino Follador (DEM).

Autor / Fonte: Juliana Martins

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