A comunidade de Calama, distrito localizado a 180 quilômetros de Porto Velho, recebeu ontem, quarta-feira, dia 17, o prédio da Agroindústria de Beneficiamento de Babaçu que foi construído pela Santo Antônio Energia como um dos trabalhos do Programa de Ações à Jusante da concessionária.
  
 
O babaçu é um tipo de palmeira do qual se aproveitam os cocos, que nascem em cachos, para fazer vários produtos como farinha, óleo, cosméticos, artesanato, ração, uma espécie de carvão vegetal denominado briquete, entre outros materiais. Em Calama, apesar da grande quantidade de babaçuais, as fontes de renda dos moradores são a pesca e a produção de farinha de mandioca. Por este motivo, o babaçu acabava desperdiçado nos quintais das casas. A agroindústria permitirá à comunidade aproveitar esse potencial de produção da região aumentando, consequentemente, a rua renda. “Estamos muito felizes com a inauguração da agroindústria porque poderemos aproveitar este material que antes era desperdiçado”, explica o presidente da Cooperativa de Agroextrativismo do Médio e Baixo Madeira (Coomade), Antônio Lúcio Lima.
 
  
A agroindústria foi construída em um terreno de mais de 300 metros quadrados com recursos provenientes do Subcrédito Social do BNDES.  São dois prédios, sendo um administrativo e outro de beneficiamento da fruta. Também foram instalados um poço para abastecimento de água e rede trifásica. O grande desafio para a construção foi a parte logística, tendo em vista a dificuldade de acesso ao distrito.
  
 
Todos os equipamentos também estão sendo comprados pela concessionária e a administração do local será feita pela Coomade. A concessionária contratou o Instituto  Fecomércio para capacitar a comunidade e também uma empresa de consultoria que realizou e disponibilizou para os moradores um detalhado Estudo de Mercado. De acordo com este estudo, em três anos, a renda dos cooperados da agroindústria pode superar os R$1500,00 mensais.

Autor / Fonte: Carla Nascentes

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