Segunda semana de greve dos bancários em Rondônia segue sem previsão de acabar

 

A segunda semana da greve dos bancários começa forte em todo o país, com mais adesões de trabalhadores e mais agências fechadas. Conforme a Contraf-CUT, no encerramento da primeira semana, dia 9, na última sexta-feira, 10.818 agências bancárias e centros administrativos paralisaram suas atividades em todo território nacional.

 

Em Rondônia o número de agências fechadas é de 111, sendo que na capital Porto Velho o índice beira os 100%, já que somente as duas agências do Banco da Amazônia continuam parcialmente abertas.

 

Na manhã desta terça-feira, após o feriado prolongado, o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro (SEEB-RO) reuniu os grevistas na Praça Getúlio Vargas, no Centro de Porto Velho, a fim de mobilizar os bancários a ampliar a greve, para que os grevistas ajam como multiplicadores e convençam mais colegas a aderir à paralisação nacional.

 

Mas nem mesmo a força da greve em todo o país foi capaz, ainda, de sensibilizar os bancos, que até o momento, ignoram completamente a categoria e se mantém em silêncio total, o que aumenta ainda mais a indignação dos bancários que continuam esperando uma proposta decente dos patrões.

 

A proposta da Fenaban é de um reajuste vergonhoso de apenas 5,5%, que é 4% abaixo da inflação do período (9,88% INPC), e mais um abono de R$ 2.500,00 que não é incorporado aos salários e seria pago de uma vez, proposta que foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 1º de outubro em todo o país.

 

“Enquanto os bancos mantiverem essa postura de intransigência e de ignorar os trabalhadores, a greve vai continuar e vai ser fortalecida a cada dia que passa. Os bancários estão revoltados com essa proposta indecente apresentada pela Fenaban e, por isso, continuamos lutando. Ainda esperamos que os bancos apresentem uma proposta justa, mas até lá, voltamos a destacar, principalmente à população, que sofre com os bancos fechados e sem atendimento, que a culpa é toda dos bancos, pois condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às nossas reivindicações, uma vez que somente os cinco maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 36,2 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional graças, principalmente, ao aumento da produtividade dos bancários”, diz José Pinheiro, presidente do Sindicato.

Autor / Fonte: Rondineli Gonzalez/SEEB-RO

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