"Parece teatro", diz Bill Pullman sobre novo "Independence Day"

 

Não é todo astro de cinema que tem postura presidencial em uma entrevista coletiva e Bill Pullman, ali, em um dos camarotes do Allianz Parque, onde recebeu a imprensa brasileira para promover o lançamento de “Independence Day: O Ressurgimento”, legitimou a percepção de que deu vida a um dos mais emblemáticos presidentes dos EUA da ficção. Seguramente foi o mais marcante para a geração que está agora na casa dos 30 e 40 anos.

Bill Pullman em cena de Divulgação

Bill Pullman em cena de "Independence Day: O Ressurgimento"

O ator americano de 62 anos volta a interpretar aquele que é seu personagem mais popular. “É a primeira vez que eu repito um personagem em um filme. Eu trabalhei comLawrence e Jake Kasdan e com David Lynch e depois com sua filha. Então, essa era minha ideia de sequência até agora”, brincou.

Reviver o presidente Whitmore, agora ex-presidente e angustiado por visões e palpitações que lhe acompanham desde que liderou a resistência humana contra os aliens, foi uma experiência e tanto. “É quase um personagem novo”, explica. “Você percebe os efeitos da guerra nele. Ele agora é um ex-presidente. Ainda que não seja o líder da nação, ele ainda tem seus instintos.  Whitmore em sua loucura vê o mundo com mais clareza do que os outros”, defende Pullman sobre seu personagem que na primeira meia hora de filme tenta alertar as autoridades sobre a iminência de uma nova ofensiva alienígena na Terra.

Sobre conexões

O ator sabe que muitos vão desconfiar de uma sequência depois de tanto tempo do filme original. “Qual a relevância?”, retruca quando perguntado sobre a necessidade de um novo “Independence Day”. “As pessoas querem consumir ficção científica. A demanda é insana”, justifica Pullman que acha que a agora franquia tem uma qualidade que a diferencia de outras produções. “Há um grande amor pela humanidade. Acho que essa série, a maneira comoRoland (Emmerich, o diretor) filmou tudo, demonstra um grande senso do que é o mundo e o que ele significa. O Apocalipse acontecendo e você vê a menininha se preocupando com o cachorro, sabe?”.

Pullman defende o filme e seu espaço no cinema. “As pessoas costumam menosprezar esse tipo de filme. ‘Ah, é um filme pipoca’. Claro que estávamos conscientes de que quando o filme saísse poderíamos ser aquele par de sapatos velhos que você não precisa mais”.

Se há algo que mudou radicalmente nesta janela de 20 anos entre um “Independence Day” e outro, é o avanço do CGI (Computer Generated Imagery, na sigla em inglês). “Este filme teve 85% de efeitos especiais, enquanto que o primeiro teve cerca de 30%. Então, de repente, isso parece teatro; porque você só tem os outros atores ali e muita abstração. Isso foi bem interessante” .

O ator no evento realizado no estádio do Palmeiras na quinta (23)AgNews

O ator no evento realizado no estádio do Palmeiras na quinta (23)

Conexão foi algo que Pullman admitiu recear de não ter com Maika Monroe, que interpreta sua filha no filme. “Nas conversas preliminares com Roland externei minha preocupação com a capacidade de Maika expressar esse laço tão profundo entre pai e filha, mas tão logo a conheci senti uma conexão imediata”. O ator dá crédito a Roland pelo “ótimo trabalho” na escalação do elenco e confessa ter tido menos problemas para atuar com a ala mais jovem do elenco, composta por Liam HemsworthJessie T. Usher, além de Maika, do que imaginava.

Por fim, Pullman, que apresentou o filme no lançamento mundial da produção no estádio do Palmeiras, disse que fez questão de vir ao Brasil para o lançamento. “Quando me perguntaram onde eu queria ir para divulgar o filme eu disse sem pestanejar: ‘Brasil’”. Não é a primeira vez do ator por aqui. Ele já havia filmado no Rio de Janeiro a comédia “Rio Sex Comedy” em 2008 e participado do festival de cinema de Manaus, como membro do júri. “Os brasileiros acolheram o primeiro filme e espero que o segundo corresponda às expectativas”.  Muito presidencial de sua parte Mr. Pullman.

Autor / Fonte: IG

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