Mais um assassinato de um personagem da política do Estado de Rondonia

 Mais um assassinato de um personagem da política do Estado de Rondonia

NÃO É SONHO: PODEMOS TER UMA FERROVIA DE 4.900 QUILÔMETROS

Quando Miguel de Souza, então vice governador do Estado, no governo Bianco, começou a dizer que uma das grandes soluções para o transporte da produção regional, seria a ligação por rodovia até o Pacífico, foi considerado sonhador, meio doido, falando de algo impossível. Hoje, a ligação é uma realidade. Por isso, não há o que se contestar, quando novo caminho, dessa vez uma Ferrovia, começa a ser projetado para ligação asfáltica com o Peru, desde Goiás, passando por Mato Grosso, Rondônia, Acre e atravessando grandes regiões do Peru. Daí, até chegar a portos do Pacífico, para exportação da nossa produção de grãos e de outros produtos do gigantesco agronegócio, que cresce cada vez mais, principalmente nessa área do país. O assunto voltou à tona, essa semana, no Senado, que está tratando da construção da chamada Ferrovia Bio Oceânica, uma via férrea transcontinental, que terá mais de 4.900 quilômetros de extensão. Financiadores chineses estão dispostos a investir pesado no empreendimento, que teria um custo inicial de 50 milhões de reais, 40 bilhões no lado brasileiro e outros 10 bi no lado peruano. Os números gigantescos da produção que poderia ser transportada nos próximos anos, resumem a viabilidade econômica da ferrovia: a projeção da demanda para 2025 seria de transportar 14 milhões e 500 mil de toneladas rumo ao Oceano Pacífico e de 8 milhões de toneladas ao Atlântico. Para 2030, os números seriam de mais de 31 milhões de toneladas para o Pacífico e de 19 milhões de toneladas para o Atlântico.

Sonho, apenas? Nada disso. A Ferrovia é plenamente viável, sob todos os aspectos, embora tanto nos trechos brasileiros quanto nos peruanos, existam dificuldades geológicas que precisarão ser superadas pela engenharia moderna. Há só uma questão que pode atrapalhar o projeto, se não o tornar inviável. O projeto original reconhece muitos problemas relacionados a impactos socioambientais, já que a ferrovia cortará áreas de proteção ambiental e de moradia de indígenas isolados na Amazônia. São essas questões, aliás, que tem atrasado ou inviabilizado grandes obras que trariam o futuro à região. Um exemplo claro disso é o que acontece, há mais de duas décadas, com a BR 319. Ali, quem decide não é o governo e nem são os investidores. Todos sabem de quem é a palavra final...

ELLEN NAS MÃOS DA POLÍCIA

Nota do Ministério Público, anunciou ontem pela manhã a prisão da ex deputado estadual Ellen Ruth, que era considerada foragida da Justiça há mais de um ano. Condenada por vários crimes, Ellen esteve envolvida na Operação Dominó, junto com outros ex parlamentares. Ela tinha sumido e se falava que estava escondida no Rio de Janeiro. Não estava. Segundo a nota, Ellen Ruth foi presa pela equipe do Gaeco, polícia ligada ao Ministério Público, num apartamento em Porto Velho, onde teria se ocultado há tempos. Não há maiores detalhes, embora a nota informa que a Polícia Federal teria participado do esforço para prender a ex parlamentar, informação que a assessoria da PF não confirma. Não há imagens em vídeo ou fotos da prisão, embora as polícias sejam sempre pródigas em registrar suas ações, ainda mais quando se trata da prisão de políticos. Certamente só depois do final de semana, teremos mais informações sobre o caso.

GUERRA À SUJEIRA

O custo: só muito suor e dedicação. Nada mais, além do que já é gasto com as equipes de limpeza da Prefeitura da Capital. Prova de que com um pouco de boa vontade e respeito ao contribuinte, dá para fazer as coisas. O que se está comentando é a limpeza, realizada por equipes da Semusb, da área do Colégio Padrão, na zona leste da cidade. Com equipamentos e apenas 30 servidores, o local, que estava abandonado, tomado pelo mato, pelo lixo, uma verdadeira podridão no meio de uma área muito populosa, está com cara nova. Claro que ainda há necessidade de realizar muita obras importantes, como a recuperação da estrutura esportiva e até da piscina, atirada às traças há anos. Mas que apenas um grupo de trabalhadores do município, muito trabalho, suor e esforço resolvem muita coisa, resolvem sim. Várias outras áreas da Cidade, incluindo escolas e ginásio esportivos, já passaram por tal limpeza.

UMA DECISÃO HISTÓRICA

Finalmente, o Prédio do Relógio, no centro da Capital, será reestruturado, depois de longo período de quase abandono. É um dos locais que mais mereceriam a atenção dos historiadores, até por estar praticamente junto ao complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, mas, como quase tudo que lembra nosso passado, também ele foi relegado ao esquecimento. Parecia até um antigo depósito de inutilidades, mesmo com tudo o que representa para Porto Velho. Pois finalmente o local será transmudado e se tornará o prédio principal da Prefeitura, durante todo o governo Hildon Chaves. O prédio, que era da União, foi entregue ao Estado e o governador Confúcio Moura o  passou, oficialmente, ao Município, nessa semana. Hildon diz que quer ter seu gabinete voltado para o rio Madeira e para a Praça da Madeira Mamoré, para vê-la todos os dias  e pensar em como vai torná-la, novamente, uma verdadeira atração histórica da cidade. Agora vai!

NÃO AO “POLITICAMENTE CORRETO”

Coragem não falta à advogada Maracélia Lima de Oliveira, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rondônia (OAB/RO), que no futuro disputará o comando da mais importante instituição dos advogados rondonienses. Com posições firmes, algumas totalmente contrárias a muitos dos seus colegas, que adoram o “politicamente correto”, ela foi além do reconhecimento, quando fez um duríssimo discurso, recentemente, em evento na Assembleia Legislativa, defendendo as prerrogativas dos advogados rondonienses e brasileiros. Mulher e profissional competente, Marcélia concedeu uma entrevista daquelas que mexem com as estruturas, ao jornalista Vinicius Canova, do site Rondônia Dinâmica. Estará no ar a partir da próxima segunda. Tem que ler da primeira à última linha, para entender porque dona Maracélia é uma das líderes da OAB do Estado.

A MORTE DOS POLÍTICOS

Mais um assassinato de um personagem da política do Estado. Recentemente, foi o caso do prefeito de Candeias, Chico Pernambuco, cuja morte está muito perto de ser esclarecida. Agora, foi o ex vereador Joaquim Vila da Silva, o Pitico Villela, que teve um único mandato na Câmara de Porto Velho, de 2004 a 2008. Pitico foi morto com vários tiros no distrito de  Nova Califórnia, onde morava e que representou na Câmara da Capital. Pitico tinha um histórico de violência na família, porque, junto com um de seus irmãos, teria matado uma pessoa em Mato Grosso, há muitos anos. Não se sabe se sua morte teria tido a ver com seu passado ou com inimigos da região onde mora. A polícia não descarta nenhuma possibilidade. Mas, como no caso de Chico Pernambuco, o crime teve todas as características de pistolagem. Ela voltou, infelizmente, quase tão forte como a que existia nos anos 70. Lamentável!

“HABEMUS” PREFEITO!

Finalmente! Depois de tanta confusão, idas e vindas, com a vontade do eleitor ficando em segundo plano, em função da legislação eleitoral, o novo prefeito de Guajará Mirim, Cícero Noronha, foi empossado nessa quinta. Eleito com quase 11 mil votos, ele e seu vice, Davino Serrath, assumem a Prefeitura com um atraso de quase quatro meses, em relação às demais administrações municipais. A dupla tem pesados desafios pela frente, mas a certeza de que está preparada para enfrentá-los, até porque tem o apoio da grande maioria da população da sua cidade. A ameaça de que o grupo perdedor iria recorrer da eleição de Noronha, a princípio, não passou apenas de uma ameaça sem pé nem cabeça. O que se espera agora é que essa pequena, mas tão querida cidade rondoniense, consiga, enfim, sair da crise que a assola há pelo menos duas décadas.

PERGUNTINHA

Quando Antônio Palocci começar a abrir o bico e contar tudo o que sabe sobre as roubalheiras dos dois últimos governos do Brasil, envolvendo o PT e todos os demais partidos aliados, sobrará pedra sobre pedra?

Autor / Fonte: Sérgio Pires

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