Amazônia pode bater recorde de queimadas em 2016

Em tempos que muito se fala de sustentabilidade e preservação ambiental, parece que o Brasil está caminhando de marcha ré. A Floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo, tem a maior parte de seu território localizada dentro das fronteiras brasileiras. Isso é algo a se comemorar, afinal é uma fonte gigante de biodiversidade. Mas parece que não sabemos lidar tão bem com isso. As queimadas continuam sendo um problema imenso na Amazônia brasileira.

Dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que entre janeiro e junho desse ano, o número de focos de queimadas foi 81% maior do que a média histórica, marcada desde 1999. So no estado do Amazonas, foi registrado um aumento de 746% no número de focos de queimadas em relação à média histórica.

O rastro de fumaça deixado por essas ações são assustadores, pois se torna um ciclo vicioso: as queimadas liberam gases de efeito estufa, isso aquece o planeta, quanto mais o planeta aquece, mais seca fica a floresta maiores são as chances dela ser queimada no futuro.

E o problema ainda vai perdurar: o objetivo do governo brasileiro é zerar o desmatamento ilegal na Amazônia apenas no ano de 2030. Isso significa que, caso eles consigam alcançar a meta, ainda teremos que suportar mais 14 anos de queimadas na floresta. E não há uma meta para acabar com o desmatamento ilegal no resto do país.

Não podemos mais compactuar com tal crime. Ele está destruindo nossas florestas, nossa biodiversidade e nosso planeta. A ONG Greenpeace apresentou em 2015 o Projeto de Lei Desmatamento Zero no Congresso Nacional. A petição já conta com 1,4 milhão de assinaturas. 

Autor / Fonte: Ondda

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